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Eu Made in China

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Uma das coisas que mais aprecio ao viajar é a possibilidade de aprender mais sobre outras culturas de uma forma totalmente… interativa. Você não percebe que está aprendendo mas está. Quer dizer… o que era a China para mim antes disso? A China na minha imaginação era um lugar tão zoneado e poluído que eu me imaginava andando com uma máscara de oxigênio por lá. A China para mim era o lugar de onde vinham todas as bugigangas do mundo. E agora?

Viajamos pela China e vi suas nuances. Andamos de bicicleta pelos campos e vimos pessoas muito pobres… andamos por cidades muito ricas com um prédio brotando em cada esquina. Conversamos com pessoas e pudemos ter um vislumbre do que é viver num país comunista – com censura e tudo o mais. Algumas tarefas simples para nós – como acessar o Facebook – são verdadeiros obstáculos para os jovens que vivem lá. Eu senti o medo dessas pessoas.

Visitamos os Museus e pudemos ver o poder e influência do Partido Comunista, como eles podem moldar a História a seu favor, como eles controlam as pessoas com isso. Quem já leu 1984 do George Orwell vai ler a China nesse livro. Não há teletelas, mas quem for na Praça Celestial – depois de ter a bolsa revistada – vai ficar chocado com as grades que cercam a Praça e as câmeras vigilantes que a cobrem. O verdadeiro Big Brother.

Saí da China cansada… irritada por ser cobrada o tempo todo. Cansada dos chineses querendo tirar fotos nossas o tempo todo, de entrar num restaurante e ser a atração e de estar sempre sendo observada. Mas como posso condenar isso? Um país que há 30 anos atrás não tinha perspectiva nenhuma e que hoje caminha para ser a primeira economia do mundo. Um país que se abriu a tão pouco tempo e que olha agora fascinado e curioso para os turistas que passam por lá.

Saí da China com saudade… com gratidão por todos os chineses incríveis que cruzaram nossos caminhos, a chinesa desconhecida na rua que nos ajudou a pegar um ônibus em Guilin, o chinês que veio conversando conosco no trem para Pingyao, todos os chineses que tiraram fotos conosco e até os chineses que riram da nossa cara quando tentamos pedir comida no restaurante – e porque não, os chineses que nos ajudaram a pedir comida no restaurante.

Os chineses que nos ensinaram a jogar xadrez, o chinês que nos ajudou a chegar até o consulado para tirar nosso visto. Eu gostaria de saber os nomes de cada um deles, mas vocês sabem, é muito complicado. Vou guardar seus rostos e suas histórias.

Vocês conseguem entender? Sobre a China não se fala em um post. A China é uma relação de amor e ódio… e eu não vejo a hora de voltar para lá!



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